terça-feira, 22 de julho de 2014

Técnica de Elevação - Salto com Vara flexível.

Técnica de Elevação - Salto com Vara flexível.

O saltador se pendura com o braço direito. Sob a ação da inércia produzida pela corrida de aproximação e da impulsão o
corpo do atleta avança com as cadeiras para diante. A vara continua flexionando-se, cedendo sob a ação do peso do atleta
e da força centrífuga produzida pelo movimento pendular, aumentando, deste modo, a flexão da mesma. Isto permite que o
atleta avance os quadris mais adiante (movimento pendular) aumentando deste modo a flexão da vara.

O saltador deve entender que quanto maior seja a velocidade da corrida de aproximação e a força de impulsão, mais rápido
avança e alcança maior altura. Isto é de suma importância para o salto com vara. O movimento ativo e rápido no pêndulo
cria as condições para uma posição mais vertical da tangente relativa ao extremo inferior da vara, no momento que a mesma
se endireita. A ação de captura realiza-se precisamente na direção desta tangente durante o retorno da vara ao seu estado de
origem. Por conseguinte, o retorno antecipado da vara, o que sucede no caso de um pêndulo pouco ativo, produz não só um esforço
de tração, como também projeta-se numa direção incorreta. Como consequência, o ponto mais alto da trajetória do saltador passa
muito abaixo sem alcançar o sarrafo.

Pêndulo.
O atleta inicia o pêndulo quando o centro de gravidade do mesmo atravessa a linha que une o ponto de empunhadura e o extremo
inferior da vara. No movimento pendular, as pernas trabalham da seguinte forma: a perna direita, com um movimento curto e
rápido, sem estender-se eleva-se ao peito; a esquerda move-se reta, com maior amplitude, aumentando a carga sobre a vara.
não é conveniente fazer o pêndulo com as pernas retas pois isto requer mais tempo e esforço. O atleta não terá tempo de
alcançar a posição necessária no momento do retorno da vara ou a sobrecarrega excessivamente, provocando o seu rompimento.
Tão logo o saltador começa a elevar as pernas e quadris, a vara passa a flexionar-se para a esquerda e adiante, devido ao
centro de gravidade do saltador ter trocado sua posição em relação ao ponto de apoio. O atleta percebe devido ao movimento
de rotação da vara no seu ponto de apoio no encaixe.

Quando termina o pêndulo é importante que o centro de gravidade do atleta esteja atrás da vara e não adiante como na vara
rígida, e debaixo do ponto de empunhadura. Neste caso se consegue o grau máximo de flexão. é o momento que a vara e o saltador
se encontram em fase propícia para iniciar a ação de captura. A ação de captura é a fase mais importante do salto. Ao
encontrar-se na posição de pronto para a ação de captura, o saltador tem o seu centro de gravidade bastante baixo em
relação a empunhadura. A colocação alta do mesmo dificultaria o retorno da vara, diminuindo sua força na ação de captura.
é muito importante também no começo do retorno da vara, estender as pernas com um movimento rítimico (exatamente no ritmo
do endireitamento da vara), dirigindo-as conjuntamente com os quadris, para cima. Isto aumenta a velocidade de retorno da
vara. A vara no seu retorno eleva o atleta até ao sarrafo. Neste momento os braços do atleta, sobretudo o direito, não devem
ser passivos. é necessário conseguir que os ombros e as espáduas se coloquem de maneira tal que possibilitem manter o corpo
na posição necessária e tornem útil toda força de tração. A elevação que se produz pela força de tração exercida pela vara
durante o retorno continua até o momento em que o antebraço esquerdo toca a vara, isto é, encontra apoio sobre a mesma. Este
choque é bastante doloroso, pois a vara eleva o ombro com grande velocidade e força. Em geral os saltadores utilizam uma
cotoveleira em seu antebraço já que o golpe que recebe o torna muito sensível.

Puxada.
No momento em que o antebraço esquerdo encontra apoio sobre a vara, o retorno da mesma quase terminou, mas ainda mantém
uma pequena flexão. O saltador tem que esperar um pouco para executar a puxada até que a vara retorne completamente. A
atuação do atleta nesta fase será então a seguinte: utilizando o antebraço esquerdo como ponto de apoio, com um movimento
de extensão das pernas desde a cintura (ajudando-se neste caso com o antebraço direito) cuida de enviar seu corpo para
cima e acima do sarrafo. O término deste movimento de extensão do corpo deve coincidir com o movimento de retorno completo
da vara.

Giro do corpo e tesoura.
Utilizando ainda o braço esquerdo como apoio, o atleta aciona com o braço direito e faz o giro da seguinte maneira: primeiro
gira os ombros, depois os quadris e por fim as pernas, seguindo assim a correta onda do movimento. Tão logo o atleta terminou
o giro com os ombros, a mão direita começa o empurrão ativo e a mão esquerda se mantém quase passiva, pois se encontra
consideravelmente mais baixa e a direita (de uma forma bem diferente que usando varas rígidas que estariam juntas) sua
função neste momento é mínima. Se os movimentos do saltador foram corretamente executados, uma vez terminado o empurrão
com a mão direita os efeitos deste transmitem-se a fase do vôo.

No momento em que a mão direita abandona a vara, como esforço final, as pernas do atleta com um movimento potente deixam-se
cair por trás do sarrafo. A parte superior do saltador em relação ao centro de gravidade, continua o movimento de elevação
passando o sarrafo como num vôo.


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