sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Treinamento de corridas - Sistema Interval Training.

Treinamento de corridas - Sistema Interval Training.

Interval Traíning.
O sistema de treinamento conhecido com este nome consiste uma sucessão de numerosos esforços, de curta duração e de intensidade
abaixo do máximo, com intervalo de repouso reduzido. Esse treinamento é atualmente adotado por todos os grandes corredores
e visa conseguir as mais altas performances. Os efeitos mais marcantes desse método de treinamento sobre os atletas são as
seguintes:
- Aperfeiçoamento Técnico: melhora da economia no esforço por uma melhor coordenação neuro-muscular.
- Desenvolvimento da Potência Muscular: principalmente a das pernas.

Adaptação Fisiológica:
1. Desenvolvimento da função cárdio-pulmonar (melhor circulação sanguínea).
2. Melhor coordenação das várias intervenções do sistema vegetativo.

Esses efeitos devem então, ser pesquisados e constituem o objetivo da preparação do atleta corredor de fundo e meio-fundo.
Um dos efeitos mais espetaculares da adaptação fisiologica: um aumento de volume da capacidade cardíaca. Esse desenvolvimento
que está ligado diretamente ao rendimento do atleta, deve ser sistematicamente observado e controlado. De fato, ele representa
o principal objetivo da preparação de um atleta corredor de fundo e meio-fundo.

O princípio básico do "Interval Training" se apoia nos seguintes pontos essenciais:
a) as distâncias a serem percorridas;
b) os tempos a serem realizados;
c) o número de repetições;
d) a duração dos intervalos;
e) a natureza dos intervalos.

a) As distâncias:
Em sentido geral, as distâncias a percorrer devem ser curtas a ponto de poderem ser repetidas grande número de vezes
(40x100m valem mais do que 4.000m). No "Interval Training" não é a distância total percorrida que importa, porém o
número de repetições.

A distância mais largamente preconizada, visando a adaptação fisiológica, é certamente a de 200m (os 400m são o máximo).
A distância preconizada para o desenvolvimento da potência muscular é em geral, os 100m. (O mínimo descendente são os
40 metros inclusive).
As distâncias de complemento, visando ao "ritmo" se estendem desde os 30 metros até imediatamente abaixo da distância de
competição. (Em geral, nunca ultrapassam a 2.000m.)
No decorrer de uma sessão, o gênero de trabalho e a distância prevista não devem mudar. Isto é, mais particularmente um
meio de facilidade para o atleta e de melhores possibilidades de controle para o treinador.

b) Os Tempos:
Um esforço em volta dos 70% ou dos 2/3 das possibilidades do momento, representa o ideal, tendo em vista a adaptação
fisiológica. Isto deve, de agora em diante, reduzir ao mínimo as oportunidades de erros e apresenta uma solução a um
problema controverso.
Se o Desenvolvimento da potência muscular impõe ritmo de trabalho mais rápido, ele não exige esforço maior. (Adote as
distâncias mais curtas).

c) As Repetições:
Esta questão já foi abordada (distância). O número de repetições constitui de qualquer maneira o elemento de progressão.
Na maioria das vezes, o organismo é solicitado (número de distâncias) e sobretudo o processo de recuperação (número de
intervalos).

d) Os Intervalos:
Natureza do intervalo. Se o número de repetições parece ser o elemento base da progressão, o intervalo representa, sem
nenhuma dúvida, a pedra auxiliar de todo o sistema.

A recuperação não se efetua de maneira regular, mas seguindo bem uma curva exponencial. Praticamente, se dividimos em 3
o tempo total da recuperação, podemos afiançar que esta última se efetua como se segue:
70% se efetua ao longo do 1o terço;
20% se efetua ao longo do 2o terço;
10% se efetua ao longo do 3o terço;

O primeiro terço - representa a "recuperação pagante" que ele não poderá transpor. Por outro lado, para um esforço tal,
que foi descrito acima a "recuperação pagante" jamais deverá passar de 3 minutos. Essas observações relativas à duração
do intervalo, são válidas para o trabalho de "adaptação físiológica" e de ritmo.

Em oposição ao curso do trabalho visando o desenvolvimento da potência muscular, esse intervalo deve ser mais longo,
graças a intervenção mais importante do sistema neuro-vegetativo. Essa observação é de suma importância, desde que se
trate de treinamento de velocistas.

Enfim, o intervalo deve ser Ativo, isto é, o atleta deve saber andar, trotar e alternar os dois a sua conveniência. Tal
ação é reclamada não em razão de sua influência sobre o treinamento propriamente dito, porém com o fim de evitar acidentes,
tais como alucinação, desmaio, e etc., dadas as perturbações que uma parada brusca de esforço pode provocar na circulação
sanguínea.

Aí está de maneira suscinta, a essência do "Interval Training". Todo o treinamento nele baseado deve ser acompanhado por
um médico especializado, dotado de material de exame e pesquisa apropriado. De modo geral, o médico e o técnico trabalham
juntos, de comum acordo, observando o comportamento do atleta.


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