quinta-feira, 10 de julho de 2014

Técnica Salto em Altura estilo Fosbury Flop.

Técnica Salto em Altura estilo Fosbury Flop.

Fosbury Flop é uma técnica dorsal.

Somente com a aparição da vara de fibra de vidro poderia fornecer um exemplo de inovação técnica igual ao aparecimento
do "Fosbury Flop".
Quando, nas Olimpíadas do México, o americano Dick Fosbury ganhou a medalha de ouro, saltando 2,24m e tentou passar 2,29m
recorde mundial então pertecente a Valery Brumel, foi escrita mais uma página do atletismo moderno.

A grande inovação apresentada por Fosbury foi a transposição do sarrafo, de costas para o mesmo, após uma corrida de
aproximaçao em curva, aproveitando a força centrífuga. Dick Fosbury descobriu por casualidade em 1963 sua técnica que os
americanos batizaram com o seu nome ("Fosbury = nome proprio + Flop = tombo, queda) e no Brasil ficou conhecido como os
nomes de "salto de costas", "Salto Fosbury", e "salto dorsal" na tentativa de seguir uma terminologia semelhante à do
"salto ventral".

Antes de sua descoberta, Fosbury saltava na técnica tesoura simples e seu recorde mundial era de 1,63m Alguns dias mais
tarde à sua inovação, saltou 1,78m, tendo, portanto, uma progressão de 15 centímetros. No ano seguinte alcançou 1,91m,
ou seja, melhorou 13cm. Aos 18 anos, sempre com o salto dorsal, passou 2 metros.

Seu progresso sofreu uma interrupção quando seu novo treinador, na Universidade, o orientou para o salto rã, baixando,
devido a isto, suas performances para l,80m. Seis meses mais tarde, o novo técnico desistiu de levar seu aluno para o
"bom caminho" e o deixou retornar a sua técnica peculiar, de costas. Livre para saltar à sua maneira, retornou logo aos
2m, foi a 2,16m e nas seleções olímpicas saltou 2,21m. Nos XIX Jogos Olímpicos, realizados no México, Dick Forsbury bateu
o recorde olímpico saltando 2,24m.

A partir deste momento, iniciou-se a revolução dentro da especialidade. Passou-se a estudar com detalhes a corrida em
curva, geradora de força centrífuga, o giro no momento da impulsão e a ultrapassagem de costas, características da nova
técnica. Surgiram inúmeros adeptos de Fosbury Flop e entre eles o Húngaro Istvan Major (2,20m), o americano Bill Elliot
(2,21m) e o soviético Kestoutis Chapka (2,23m).
Aos poucos a nova técnica foi ascendendo na preferência dos esportistas. Os decatletas e pentatletas velozes a adotaram
com sucesso, como o Sul Africano Emile Rossouw, um dos atletas mais bem dotados que se conhece.

No mundo feminino a técnica dorsal confirmou-se com vitória olímpica da alemã Ulrike Meyarth com l,92m e o mundial da
búlgara Jordanka Blagoyeva com l,94m.

Para os homens, com a melhoria do recorde mundial por Ni Chi Chin e Pat Matzdorf (2,29m), os adeptos da técnica rã afirmavam
que os "melhores" não adotariam a nova técnica de costas. Em julho de 1973, o americano Dwight Stones, saltou 2,30m batendo o
recorde mundial na técnica dorsal. Foi a afirmação definitiva do Fosbury Flop.
Em 1974, não houve quebra do recorde mundial, mas, o melhor resultado do ano do dinamarquês Jesper Toering com 2,25m foi obtido
na técnica dorsal. No Brasil as coisas não foram diferentes e, o recorde brasileiro de José Teles da Conceição de 2,00m
foi batido em 1954, na técnica, foi melhorado em 1974 pelo jovem Irajá Cecy para 2,01m adepto da técnica dorsal.


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